Investimentos8 de novembro de 2018 Tempo de Leitura: 4 minutos

Você sabe o que é o rebalanceamento de carteira? Aprenda aqui!

Por Murilo Bássora

ÍNDICE

Rebalancear a carteira é uma prática essencial para que a alocação de ativos possa ser realizada. Basicamente o rebalanceamento de carteira consiste na venda e na compra de ativos, com o objetivo de equilibrar a carteira de aplicações do investidor e mantê-la firme na sua estratégia.

Ao rebalancear sua carteira, o investidor consegue manter a proporção de risco-retorno que considera aceitável e ainda adquire ativos rentáveis na baixa enquanto se desfaz daqueles que estão demasiadamente valorizados, gerando lucros.

Continue a leitura deste artigo e entenda a importância do rebalanceamento de carteira para investidores!

Por que fazer o rebalanceamento de carteira?

A finalidade do rebalanceamento de carteira é diversificar as aplicações do investidor na proporção que ele considera estar de acordo com seu perfil e com seus objetivos. Portanto, o rebalanceamento é importante para garantir que o capital esteja aportado de maneira a respeitar os riscos que ele aceita correr e a entregar a rentabilidade que planeja receber.

Seguir essa estratégia para o controle de aporte ainda acarreta outras vantagens, entre as quais podemos citar:

Comprar sempre na baixa e vender na alta

Considerando o objetivo de manter a proporção original da carteira, ao realizar o rebalanceamento o investidor precisa obrigatoriamente vender os ativos que alcançaram uma sobrevalorização e comprar mais daqueles que no momento perderam parte do seu valor.

Seguindo essa estratégia, ele consegue sair de posições antes que elas caiam e se posicionar em aplicações, antecipando altas. Alterações de carteira devem ser feitas apenas com estudos mais profundos, que demonstrem sua real necessidade.

Manter as aplicações de acordo com o perfil de investidor

Conforme o mercado se movimenta, os preços de ativos de renda variável (como ações) tendem a subir e a descer com frequência. Em períodos de altas consecutivas, a valorização desses ativos pode fazer com que sua proporção na carteira de investimentos aumente de forma considerável, ultrapassando o nível que o investidor considera aceitável para aplicações mais arriscadas.

Nesse caso, ao se desfazer de parte dos ativos e aportar o capital em opções de renda fixa, ele está retornando à sua proporção original e voltando aos níveis de risco que se sente confortável para enfrentar.

Reduzir riscos e proteger contra ciclos econômicos

Grandes investidores entendem que o mercado costuma seguir alguns fluxos e procuram acompanhá-los.

Ao realizar o rebalanceamento de carteira, abrir mão de ativos de renda variável depois de altas consecutivas e realizar aportes na renda fixa, eles estão se protegendo contra graves crises que tendem a surgir, trazendo consigo desvalorizações e prejuízos.

Pouco antes da última crise, enquanto investidores iniciantes, empolgados com os crescimentos históricos da bolsa, aportavam cada vez mais em ações, os investidores mais experientes já estavam encerrando suas posições e rebalanceando suas carteiras.

Desse modo, quando a crise surgiu, seus recursos estavam protegidos e eles tinham capital o bastante para comprar ótimos ativos que estavam desvalorizados, lucrando quando a situação econômica do país voltou a melhorar.

Quando realizar o rebalanceamento de carteira?

Seguindo à risca a teoria, o ideal seria ajustar a carteira a cada variação na sua proporção. No entanto, ao agir desse modo, os custos da operação tendem a superar qualquer lucratividade, o que torna essa prática inviável.

Portanto, é preciso que o investidor estabeleça padrões fixos para realizar o rebalanceamento de carteira. Uma maneira de realizar a tarefa sem sofrer com os custos é por meio de aportes frequentes e reinvestindo a rentabilidade auferida. Dessa forma é possível ajustar a carteira sem necessariamente se desfazer de ativos.

Além disso, existem algumas estratégias que o investidor pode utilizar para tomar suas decisões. Continue lendo este artigo e conheça mais sobre elas.

Rebalanceamento de carteira por tempo

Essa metodologia pede que o investidor determine um período de tempo e, assim que o atingir, realize os ajustes que forem necessários.

Digamos que determinado investidor tome a decisão de, uma vez a cada 6 meses, avaliar sua carteira de investimentos. Consideremos que a proporção original da sua carteira era de 60% em investimentos de renda fixa e 40% em ativos de renda variável. O percentual de renda variável caiu para 30%, de modo que os ativos de renda fixa passaram a representar 70% da sua carteira.

Dessa forma, ele deve resgatar parte desses recursos e alocá-los em novas aplicações de renda variável, para que a carteira volte ao seu equilíbrio original.

Rebalanceamento de carteira por variação percentual

Diferentemente do rebalanceamento por tempo, que é feito respeitando um prazo previamente estipulado pelo investidor, o rebalanceamento de carteira por variação percentual deve ser feito apenas quando as proporções da carteira ultrapassam determinados valores percentuais máximos e mínimos, definidos pelo investidor.

Digamos que a carteira do investidor seja constituída 50% por ativos de renda fixa e 50% de renda variável. Para manter a proporção original da carteira sem sofrer com os custos, o investidor decidiu que vai fazer ajustes quando ela sofrer uma variação de 20%.

Nesse caso específico, a carteira só sofreria alterações quando um dos ativos tivesse sua participação reduzida para 40% e o outro tivesse ampliado para 60%. Portanto, a proporção de ativos deve respeitar o mínimo de 40% e o máximo de 60%.

Digamos, então, que um forte movimento de alta ampliou a proporção de renda variável da carteira para 75% e, por consequência, a participação da renda fixa caiu para 25%. Como os valores máximos e mínimos ultrapassaram os limites estipulados pelo investidor, o rebalanceamento de carteira precisa ser feito.

Como fazer o rebalanceamento de carteira?

Rebalancear a carteira consiste em abrir mão de parte de um ativo para adquirir outro, com o objetivo de equilibrar a carteira de investimentos de acordo com a estratégia do investidor. Portanto, para realizá-lo é necessário apenas observar a proporção em que a carteira se encontra e realizar a venda (ou a compra) de ativos para que ela volte ao seu estado original.

É importante observar os custos antes de realizar qualquer operação. Afinal, caso eles ultrapassem a rentabilidade obtida, o ajuste não faz sentido. Aplicar as estratégias de rebalanceamento de carteira é um meio eficaz de se resolver esse problema.

Ao ajustar a sua carteira para que ela atenda às suas necessidades de segurança e rentabilidade, o investidor combina a garantia de retorno adequado para seus investimentos com a paz de espírito de saber que eles não estão sujeitos aos riscos que considera desnecessários.

Portanto, não é exagero afirmar que o rebalanceamento é fundamental para que investidores definam sua estratégia de investimentos e a sigam fielmente.

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Murilo Bássora

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