Por Murilo Bássora
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O custo efetivo total é um assunto que muitas pessoas desconhecem. Com as adversidades do dia a dia, ou até mesmo para realizar o sonho da casa própria, do carro novo ou para alavancar um negócio, muitos recorrem a empréstimos e financiamentos.
Até aí tudo bem — contanto que se saiba exatamente o total a ser pago no final dessa negociação. Não se deixe enganar pelas propagandas das “taxas 0%”, pois isso poderá comprometer a sua saúde financeira e o rendimento do seu dinheiro.
Continue lendo este artigo e fique por dentro de tudo que você precisa saber sobre custo efetivo total!
Significado de CET
Custo efetivo total, ou CET, é o total de encargos a serem pagos em uma transação financeira. Ele foi instituído pelo Conselho Monetário Nacional por meio da Resolução 3.517 de 6 de Dezembro de 2007.
Esse instrumento foi criado com o objetivo principal de conferir maior transparência às operações de crédito, para esclarecer efetivamente ao cliente o valor total que ele precisará pagar antes que a operação seja contratada.
O que constitui o Custo Efetivo Total
As principais tarifas que constituem o custo efetivo total são:
- Tributos IOF (Imposto sobre operações financeiras);
- Tarifa de cadastro;
- Tarifa de avaliação de bem;
- Registros;
- E outros documentos.
Além de saber o custo total, estar ciente do CET é uma maneira de o cliente comparar qual é a melhor taxa, entre as instituições financeiras, que se enquadra dentro da sua realidade e possibilidades.
Compare e analise
A partir do momento em que se tem todas as informações reais do custo de uma operação de crédito, é possível tomar decisões de maneira consciente.
Pode-se usar como exemplo duas instituições financeiras distintas, que possuem a mesma taxa de juro e o mesmo prazo de pagamento, mas o custo efetivo total diferente.
Essa diferença está atrelada às tarifas e tributos que podem variar de uma instituição para a outra.
Aí está o ponto principal: com a informação do CET, você conseguirá realmente analisar qual das alternativas propostas é a melhor.
Preste atenção no custo efetivo total, pois nem sempre uma taxa de juro menor é o negócio mais barato. Mas um CET menor sempre é o melhor.
Colocando em números o CET
Agora que você já sabe o que significa CET, veja um exemplo:
Suponha que você queira contratar uma operação de crédito no valor de R$1.500,00. Para facilitar a forma de pagamento, a instituição financeira parcelará esse valor em 10 vezes e anuncia uma taxa de juro de 0%.
Portanto, se a taxa de juro for de 0%, as parcelas deveriam ser de R$150,00 (valor total R$1.500,00 dividido pelo número de meses 10).
No entanto, a financeira apresenta uma parcela mensal de R$160,00. Isso porque, dentro das parcelas, serão embutidas despesas de cadastro e o IOF.
Por isso, leia com atenção as letrinhas no final do contrato. Normalmente, é lá que está o custo efetivo total da operação.
Nesse exemplo, você viu que na propaganda dizia taxa de juro 0%, mas, no final do contrato, constará o CET — que nesse caso era de 1,19%. Aí está a explicação do valor das parcelas.
Com todas essas informações, fica fácil analisar a melhor opção para as suas necessidades. Pergunte sempre qual é o CET, assim você poderá comparar de forma precisa suas opções de operações de crédito.
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