Por Murilo Bássora
Há um mito de que contratar crédito é ruim para as empresas. Pensamos assim porque pode parecer falta de organização financeira, inexistência de lucro ou ainda por ser uma ação contrária a de uma empresa investidora.
A grande verdade é que a maior parte dos empresários compara o crédito de pessoa jurídica com o crédito de pessoa física, mas esses são dois assuntos bem diferentes.
O crédito para pessoa física geralmente antecipa uma necessidade ou cobre uma despesa emergencial, ou seja, o pagamento vem de entradas dos ganhos da pessoa e não vai trazer um crescimento imediato desse ganho.
Quando falamos de empréstimos para pessoa jurídica, podemos classificá-los como crédito saudável e crédito não saudável.
O crédito não saudável está relacionado à busca de recursos para cobrir “buracos” que estão em constante crescimento, custos fixos que não são reduzidos, ou seja, um crédito que não trará retorno positivo à empresa.
No Brasil, a situação é um pouco mais complicada, pois a maioria das opções de crédito oferecidas no mercado pelas grandes instituições financeiras acabam não contribuindo com o crescimento sustentável da empresa. Pelo contrário, pela alta taxa de juros, acabam colocando a empresa em uma situação ainda pior. Um exemplo clássico é o uso do “Cheque especial”, que apesar de ser útil em uma emergência, pode apresentar taxas elevadas e acabar aumentando ainda mais o endividamento da empresa.
Já o crédito saudável é aquele que traz crescimento ao negócio. Ele é autossustentável do ponto de vista operacional, ou seja, se paga com o próprio crescimento da operação. Funciona muito bem entre o pagamento de fornecedores e o recebimento dos clientes, por exemplo. A falta de recursos próprios pode diminuir o ritmo e até parar a operação por falta de dinheiro em caixa e dos recebimentos recorrentes. Isso é um problema? Não! É algo que pode acontecer, pois existe mercadoria já vendida/faturada e por ter dado um prazo ao cliente, ainda não houve o recebimento. Pegar um crédito (sob medida para esse momento) poderá manter a operação no nível atual e alavancar o crescimento do seu negócio.
Empresas que tem um serviço inovador ou escasso para o mercado, setor ou região, muitas vezes precisam se proteger de concorrentes emergentes, crescendo em níveis altíssimos e sustentáveis. Além de usar algumas estratégias de marketing e ceder prazos para seus clientes, essa empresa deverá “marcar o seu território” e aumentar seus estoques ou sua produtividade, comprar novas máquinas e mais matérias-primas ou mesmo incrementar a sua equipe em seus serviços. Está aí, mais um bom motivo para conseguir um crédito, pois irá ajudar no seu capital de giro e expansão de toda a operação, abrindo possibilidades para financiar o crescimento de uma maneira sustentável.
Outras vezes, as empresas já usam capital de giro de terceiros, têm financiamentos de expansão e olham para suas finanças e percebem que seus custos estão evoluídos e enxutos, suas despesas operacionais controladas, mas seu pagamento de serviços bancários está nas alturas, pois estão com linhas caras e todo seu pagamento está no curto prazo. Temos aí mais um motivo para pegar crédito: trocar a dívida para linhas mais econômicas ou mudar esse perfil de curto para longo prazo (dependendo do caso pode ser os dois).
De forma geral, esses são os motivos mais comuns, e há outros. Porém o que o empresário precisa ter em mente é que o crédito nunca será ruim se dentro do seu planejamento ele conseguir se pagar através do investimento realizado. É isso que difere um crédito saudável de um outro tipo de crédito: o resultado final é uma boa saúde financeira para fomentar o crescimento de toda a empresa.
Hoje em dia existem várias opções no mercado, mas tome cuidado! Contratar empréstimos sem planejamento e com altas taxas de juros, pode ser um labirinto sem saída. Muitas micro e pequenas empresas têm buscado uma solução nas fintechs de crédito digital, já que a principal vantagem dessas plataformas on-line é que elas são menos burocráticas, transparentes e liberam o crédito mais rápido do que os bancos e as financeiras.
É esse o caso da NEXOOS, uma plataforma que permite que as empresas montem sua própria estrutura de crédito com o melhor encaixe no seu fluxo de caixa, através de empréstimos colaborativos: uma modalidade de financiamento que democratiza esse processo, graças à ausência de um intermediário (como por exemplo, do banco) entre as partes e tem como resultado as mais baixas taxas de juros do mercado.
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