Investimentos13 de fevereiro de 2019 Tempo de Leitura: 4 minutos

Mudando a forma de investir com as fintechs

Por Murilo Bássora

fintechs

ÍNDICE

As fintechs estão revolucionando o setor de investimentos e modificando a forma como o brasileiro gerencia suas finanças. Saiba mais sobre o panorama do mercado de investimentos no Brasil e o impacto dessas startups!

Investir é um verbo ainda pouco presente no vocabulário do brasileiro. Até hoje, a poupança é o tipo de investimento mais popular no Brasil. Mesmo assim, essa modalidade nem mesmo é vista como um tipo de investimento, mas sim como uma forma segura de guardar dinheiro.

Mas parece que esse cenário tem mudado. A entrada de empresas de tecnologia na área de finanças, também conhecidas como fintechs, tem inserido no mercado novas soluções e produtos que estão chamando a atenção dos brasileiros e remodelando sua visão de investimentos.

Pensando nisso, preparamos este post para você entender mais sobre como anda o mercado de investimentos no país e descobrir como as fintechs podem revolucionar o setor!

Mercado de investimentos no Brasil

Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais(Anbima) revelou que mais da metade dos brasileiros (58%) ainda não começou a investir em nenhuma modalidade financeira. Dos 42% que têm algum tipo de aplicação, somente 9% fizeram aportes em 2017.

Mas qual o tipo de investimento preferido do brasileiro? A poupança segue como a opção mais popular, apesar de não ser a que mais rende. 45% dos entrevistados afirmaram conhecer algum tipo de investimento, sendo que 32% destacou a poupança. A pesquisa descobriu que 89% dos que realizam investimentos direcionam seus aportes para a poupança, seguido de:

  • previdência privada (6%);
  • fundos de investimento (5%);
  • títulos privados (4%);
  • títulos públicos (3%).

Na maior parte das situações (31%), a economia é feita para comprar ou quitar o imóvel próprio. Mas existem outros objetivos, tais como:

  • fundo de emergências (15%);
  • aquisição de automóveis (11%);
  • viagens (10%);
  • abertura do próprio negócio (7%);
  • formação acadêmica (6%);
  • aposentadoria (5%).

Apesar de tantos benefícios e objetivos justificáveis, por que muitos ainda não fazem investimentos financeiros? O brasileiro põe a culpa no fato de não sobrar dinheiro para fazer os aportes. Realmente, nos últimos anos, o consumidor perdeu bastante em poder de compra, e as taxas de desemprego subiram em patamares alarmantes.

No entanto, o Brasil não tem uma cultura de poupar. Essa é uma questão histórica. Quando analisamos períodos em que o país estava em pleno crescimento econômico, os recursos eram direcionados em grande parte para o consumo, e pouco para aplicações.

Mudança no jeito de investir

A pesquisa da Anbima prossegue definindo o perfil do investidor brasileiro. Os homens constituem a maioria, com 55% dos entrevistados. Têm em média 43 anos de idade. 44% deles estudaram até o Ensino Médio e 36% concluíram a faculdade.

O estudo apontou também que a maior parte deles é casada e com dois filhos, em média. 43% representam as classes A/B. 85% deles exercem alguma atividade remunerada:

  • 10% são funcionários públicos;
  • 11% são autônomos;
  • 34% prestam serviços com carteira assinada.

Mais da metade se concentra na região Sudeste (51%). 20% está na região Sul. Já o Norte é a região que apresenta menor representatividade de investidores.

Ao investir, a maior preocupação do brasileiro é obter maior segurança. Assim, ele não tem como objetivo ampliar seu patrimônio ou tê-lo como uma forma de renda, mas simplesmente como uma forma de guardá-lo de modo seguro para um uso posterior. Esse pensamento é compartilhado por investidores de todas as idades, níveis de escolaridade e classes sociais. Apenas 16% veem os investimentos como forma de ter algum retorno financeiro.

E onde esse investidor busca informações para nortear suas decisões? O gerente ou o corretor de investimentos ainda é a principal fonte de orientações. 41% dos entrevistados revelaram ir até instituições financeiras pessoalmente para coletar dados sobre como investir. Mas essa não é a única forma de se informar:

  • 33% conversam com amigos e familiares;
  • 29% pesquisam em sites de notícias;
  • 17% buscam consultorias de investimentos;
  • 11% usam aplicativos de corretores de investimentos;
  • 9% vão a blogs e fóruns do setor;
  • 5% não se interessam em buscar informações;
  • 3% usam canais de comunicação mais convencionais, como televisão.

Esses dados mostram que o mercado de investimento no Brasil ainda tem muita margem para crescimento, e a tendência é que os brasileiros fiquem cada vez mais informados sobre os diversos tipos de investimentos. As fintechs têm uma grande parcela de responsabilidade nessa mudança de paradigma.

Revolução das fintechs

Fintech é um termo para Financial Technology, ou tecnologia de finanças. Assim, refere-se a startups que usam recursos avançados de informática para inovar em serviços no mercado financeiro, trazendo soluções ainda não trabalhadas pelas instituições tradicionais, ou otimizando processos já conhecidos.

Em anos recentes, as fintechs trouxeram ao Brasil soluções personalizadas e de alta qualidade, com taxas bem menores do que aquelas cobradas pelos grandes brancos. O resultado foi a redução da burocracia e maior agilidade em operações financeiras, com serviços inovadores, tais como:

  • uso de aplicativos para cuidar todos as etapas de abertura e gerenciamento da conta;
  • solicitação de cartão de crédito, bem como gerenciamento de faturas e serviços relacionados;
  • investimentos no mercado financeiro.

De acordo com um estudo dirigido pela FintechLab, os principais setores acolhidos por essas startups são:

  • pagamentos, 26%;
  • gestão financeira, 17%
  • empréstimos, 17%;
  • seguros, 9%;
  • investimentos, 6%.

O setor de empréstimos, por exemplo, apresenta taxas mais atrativas, com soluções que funcionam inteiramente online, de forma fácil e rápida. Os valores podem ter origem de bancos parceiros ou de aporte de investidores, como acontece como a modalidade de peer-to-peer lending.

No total, são 405 fintechs que atuam nos mais diversos segmentos, preenchendo lacunas e inovando em serviços de modo prático e fácil para o usuário.

Os impactos que as fintechs trouxeram ao mercado de investimento

As fintechs modificaram a forma de os usuários enxergarem o mercado de investimentos. No geral, o setor era visto como algo restrito a consumidores de classes mais altas, com maior poder aquisitivo. No entanto, essas startups facilitaram a vida dos usuários, eliminando filas e a burocracia, já que todos os processos funcionam com apenas alguns cliques em um aplicativo para celulares ou em um site.

Nexoos, por exemplo, é uma fintech que atua no mercado de investimentos e empréstimos. Ela usa uma plataforma online para conectar empresas que buscam empréstimos a investidores. Essa modalidade é conhecida como peer-to-peer lending, uma espécie de ponte entre usuários que desejam um bom rendimento para suas aplicações e pessoas jurídicas que querem conseguir dinheiro para o negócio.

Com essas inovações, investir se tornou uma ação mais prática e acessível para a maioria dos brasileiros. São soluções seguras que apresentam taxas e rendimentos tão ou mais interessantes que as propostas tradicionais dos grandes banco e instituições financeiras.

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Murilo Bássora

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