Empreendedorismo1 de outubro de 2021 Tempo de Leitura: 6 minutos

Administração de capital de giro: as 5 melhores práticas

Por Murilo Bássora

Administração de capital de giro

ÍNDICE

Uma empresa, mesmo tendo lucro, pode apresentar problemas financeiros. Por exemplo, quando chega uma data de alta demanda para uma empresa varejista, ela precisa pagar o estoque adicional. Outro caso é em relação às obrigações financeiras com fornecedores e o Governo. E que tal realizar melhorias no seu negócio?

Em todas essas situações, o Capital de Giro pode fazer a diferença!

Portanto, defina quais são suas necessidades, pois essas projeções podem te ajudar a identificar os meses em que você tem mais dinheiro saindo do que entrando, o que reflete direto no fluxo de caixa. 

Neste post, nós mostraremos como deve funcionar a administração de Capital de Giro, com as 5 melhores práticas que ajudarão a alavancar as suas finanças e a trazer bons resultados em caixa.

 

O que é o capital de giro?

O capital de giro é o valor que a empresa precisa para realizar suas operações de atividades econômicas. Ele é representado pelos itens de uso e consumo rápido.

Ou seja, o ativo circulante é tudo que a empresa tem para pagar e manter seus gastos operacionais do dia a dia, sejam despesas fixas ou os custos de comercialização, produção ou prestação de serviço.

O capital de giro é diferente do chamado capital fixo ou permanente, que é o investimento voltado à compra de máquinas, instalações, matérias primas, imóveis e equipamentos. Esses itens são necessários para o início do processo físico de funcionamento do negócio.

 

Qual a importância em monitorar o capital de giro?

Se você observar os processos que levam algumas empresas à falência, vai descobrir que a falta de capital de giro costuma ser o principal motivo. Nesse sentido, as atividades lucrativas costumam esgotar pela falta de planejamento da rotação do capital. Não basta apenas entender porque isso acontece, mas também analisar o ciclo operacional da empresa, que se divide em ciclos financeiro e econômico.

A rotação econômica interfere no processo de produção, desde a compra de produtos até a venda dos bens e serviços. Por sua vez, o financeiro vai do pagamento da compra de matérias-primas ao recebimento pelas vendas realizadas.

O problema é que os empreendedores não se lembram que o aumento de produção afeta primeiro o pagamento dos serviços. Só depois do ciclo operacional, a empresa recebe pelo aumento produtivo.

Dessa forma, a necessidade de capital de giro amplia com o crescimento da produção e, caso a empresa não se planeje, ela poderá ter graves problemas financeiros.

Portanto, monitorar os ciclos econômico e financeiro é essencial. Eles não são afetados apenas pelo crescimento, como também pelos prazos de pagamento e recebimento. Mesmo que o capital circulante não seja 100% uma função do ciclo operacional, administrar as mudanças nos ciclos econômicos e financeiros é a peça-chave para a manutenção do seu negócio.

 

Descubra como fazer uma administração de Capital de Giro

dicas para administração de capital de giro

 

A primeira dica é essencial para que você faça o gerenciamento do seu capital de giro. Ou seja, entenda o que é esse conceito e qual o seu impacto nos negócios. Como o próprio nome diz, o capital de giro vem do movimento constante e circular da atividade da empresa, relacionando o processo de compra, transformação, venda e recebimento.

De forma prática, o Capital de Giro representa o Ativo Circulante da empresa, ou seja, seu caixa, sua conta bancária, seus clientes e estoques, subtraídos dos valores que a empresa deve pagar referentes ao seu Passivo Circulante, representado por contas como fornecedores, salários a pagar, tributos, entre outras dívidas de curto prazo.

Agora que você já sabe o que é o capital de giro e como ele interfere nos seus negócios, confira as dicas de como administrá-lo, que separamos para você:

 

1. Faça um planejamento estratégico

Pode ser difícil monitorar o seu capital de giro sem uma estrutura formal. Infelizmente, poucas empresas têm um programa eficaz de melhoria e ferramentas para implementar esse processo.

Assim, a solução é fazer um planejamento estratégico, que vai direcionar todas as suas movimentações financeiras e proporcionar um melhor conhecimento sobre a empresa. 

Portanto, é importante definir os seus objetivos em longo, médio e curto prazo. Depois, analise os dados e métricas em tempo real, para avaliar a eficiência da sua estratégia e otimize, caso seja necessário.

 

2. Negocie com seus fornecedores

É importante entender que a negociação por melhores prazos com seus fornecedores é essencial, já que se você demorar muito para produzir, vender e receber seus produtos, e tiver um prazo curto para o pagamento, é possível que você fique sem recursos de curto prazo.

Aqui, vale destacar o relacionamento e a fidelidade que você tem com o seu fornecedor, já que essa relação permitirá que você tenha maiores prazos e com isso você não vai comprometer o seu capital de giro. Caso tenha recursos sobrando, negocie os maiores descontos à vista e só assim invista nesse tipo de compra.

 

3. Fique de olho nas contas a receber

As contas para receber também desempenham um papel decisivo na administração do capital de giro, é preciso pesquisar antes de vender à prazo para um cliente. Aqui, vale a pena estabelecer prazos e limites de crédito, de acordo com o relacionamento estabelecido com ele, além de ficar atento aos atrasos e faltas de pagamento. Afinal, esses itens podem influenciar o seu fluxo de recursos, de forma negativa.

Outro aspecto importante que deve ser destacado é sobre o dinheiro que você ainda receberá. Não inclua essa quantia, até que o pagamento seja efetuado, ou seja, só conte com dinheiro que já caiu na conta.

 

4. Controle o seu estoque

O estoque parado é dinheiro que não circula e isso pode prejudicar todo o seu processo de administração do capital de giro a longo prazo.

Por isso é fundamental entender como funcionam as suas vendas e eventuais períodos, seja para baixo ou para cima e, com isso, defina as quantidades que devem ser compradas.

Não se esqueça de sempre verificar como estão as suas vendas, pensando em estratégias de promoções e até mesmo redução de preços, para não ficar com estoque parado e sem capital de giro.

Esse controle é muito importante para o cálculo. Por exemplo, se todas as obrigações forem cumpridas e sobrar uma pequena liquidez, porém o estoque estiver baixo e não controlado, o planejamento estará errado. Em breve, fazer um pedido ao fornecedor que exija um gasto acima do esperado, vai resultar em capital insuficiente.

É claro que as aquisições podem ser feitas a prazo. E mesmo nessas condições, o controle de estoque precisa estar em dia, pois isso possibilita a adequação das obrigações futuras, que foram adquiridas em relação ao capital e fluxo projetados, contribuindo também para a projeção de seus saldos consolidados.

 

5. Calcule o Capital de Giro

Nos relatórios financeiros, o ativo e passivo circulantes são os recebíveis e as obrigações em movimento no presente e em curto prazo — considerados, para tais instrumentos financeiros, os possíveis valores dentro do exercício.

Então, como calcular o capital de giro com esses relatórios? Basta diminuir os passivos dos ativos, que devem representar mais dinheiro do que as obrigações. Assim, se tem capital bruto e líquido para o funcionamento da empresa.

Por exemplo:

  • ativo circulante do mês — R$ 295 mil;
  • ativo circulante em curto prazo — R$ 637 mil;
  • passivo circulante do mês — R$ 175 mil;
  • passivo circulante em curto prazo — R$ 485 mil;
  • projeção de compras em curto prazo — R$ 36 mil;
  • projeção de compras no mês — R$ 18 mil;
  • capital líquido do mês — R$ 102 mil;
  • capital líquido em curto prazo — R$ 98 mil.

Essa equação dá segurança ao negócio, pois garante que contas, folha de pagamentos e impostos sejam pagos e ainda possua porte líquido para o futuro ou despesas imprevistas. Mas, para que essa conta seja bem feita e nenhuma surpresa estrague o planejamento, o fluxo de caixa precisa ser um aliado e estar muito bem controlado — validando os números acima.

E ainda é necessário relacionar o estoque e sua movimentação, para ter certeza no resultado líquido.

 

6. Procure otimizar o capital de giro

Algumas ações podem fazer com que o capital gire mais rápido e se mantenha sempre alto, facilitando a administração do capital de giro. Por exemplo, é possível antecipar os recebíveis ao oferecer descontos para os clientes em pagamentos antecipados à prazo, ou oferecendo valores menores para recebê-los à vista.

Outra ótima forma de possuir um bom capital para ter uma base disponível segura, contas e ainda investir no negócio é tomando empréstimo. Porém, não se deve recorrer a qualquer entidade financeira, com grande burocracia e juros pesados. 

Nós recomendamos que você escolha um modelo de empréstimo de Capital de Giro sem burocracia e com boas condições. Um exemplo disso é a Nexoos, que oferece as menores taxas de juros e ainda garante até 24 meses para você pagar!

Então, ainda tem alguma dúvida de como calcular o Capital de Giro? Deixe seu comentário sobre como você lida com esse fator importante!

Murilo Bássora

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